quarta-feira, 23 de setembro de 2009

à sombra da mente.

Esses dias eu estava me recordando dos meus tempos de criança, ainda quando eu era carioca e falava chiando! Teve um episódio que eu nunca consegui esquecer! Na minha época as lendas urbanas faziam muito sucesso! Muito mesmo! Quase todos os dias eu ouvia (a contragosto) as mais macabras delas! Certa vez uma das minhas melhores amigas me contou sobre um menino que vivia na cozinha, e assombrava as pessoas. Era possível vê-lo só se aproximando da cozinha, e era digno de temor. Diziam que ele não matava, apenas assustava. Naquele mesmo dia, quando cheguei em casa, fui me aproximando da cozinha querendo comer alguma coisa (o que naquela época era raro!), e de repente eu me deparei com aquela imagem: a figura de um menino, de minha estatura, meu porte físico, e com o rosto meio distorcido. Eu simplesmente me apavorei! Eu não sabia se ia ou se vinha, apenas fiquei lá, estatelado, admirando aquela imagem. Depois de algum tempo eu peguei alguma coisa e saí correndo da cozinha, corri muito rápido! Não sabia o que fazer, apenas queria manter distância da figura! Voltei ao ambiente algumas vezes, e em todas elas eu via a mesma coisa: aquela figura que tanto me assustava. Passados alguns dias eu finalmente percebi que o que eu estava vendo era minha sombra refletida na parede sob a luz amarela da cozinha. Apenas isso, olha que coisa! Já sabendo do que se tratava eu demorei a me tocar de que aquilo incapaz seria de algum mal me fazer. Não tinha mais medo, mas não conseguia entrar na cozinha sem olhar paratrás e conferir se o "menino da cozinha" estava lá! Isso me faz pensar muito, sabe? Porque eu comecei a perceber que a sombra não é só nossa figura mostrada sobre á luz, a sombra é um tipo de expressão, é nosso reflexo. Passei a refletir sobre a sombra da mente, que naquele caso era meu único e até então desconhecido motivo de medo. Eu havia saido de qualquer local iluminado de minha imaginação. Eu fiquei na sombra e sem sombra, no escuro, sem visão, sem saídas aparentes. Também percebi que a sombra, dependendo da posição do sol ou da luz, nos deforma, nos deixa maiores ou menores. E isso acontece também na prática, vemos nossos reflexos no chão (e nos sentimos nele!), nos vemos deformados sem sermos, nos diminuimos ou às vezes aumentamos o nosso ego, nossa sombra aumenta, aumenta e aumenta. Mas a um certo momento a sombra vai clareando, clareando e se esvairece, some, e ainda algumas vezes nossa sombra se encontra com outras sombras e se confunde naquele rastro escuro no chão, o que nos faz sentir confusos também. Eu percebi, finalmente, que sombra é um lugar de descanso ou de tristeza, ou até mesmo de prisão, mas percebi que em cada feixe de luz há uma esperança de uma nova visão, de um literal clareamento, de vista e de mente. Ou melhor, de vida.

Tenham todos uns bons dias

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Tripas de gato

Certa vez eu li que para impedir pensamentos intempestivos causados pelo que nos cerca, pensar em gatos mortos é uma boa solução. Atualmente, para evitar ideias inoportunas que venham a desencadear em situações inconvenientes, tripas de gato cobertas por bolas de pêlo na estrada tem sido imagens bastante frequentes em minha mente. Chega a ser cômico!

Tenham todos uns bons dias.

domingo, 20 de setembro de 2009

Broken Face

Pois é, não importa o que aconteça, cara. Eu continuo arriscando em várias situações, às vezes até meio inconsequentemente (alias, isso é bem comum). Claro que eu não sou um malucão lá, tipo v!d@ l0k@, mas a questão é que os resultados ultimamente não tem sido muito agradáveis, sabe? Sei lá, talvez por esperar muito das coisas, ou talvez ou esperar pouco demais e mesmo assim não ficar satisfeito... É, é dificil de entender, talvez impossível, mas é isso aí... Afinal, can't read my, can't read my, can't read my broken face! my bro-bro-bro-ken face, my bro-bro-bro-ken face! (aah, que besteira!)

Tenham todos uns bons dias! (E so pra constar, eu tenho nojo dessa música!)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Quimicamente falando

Sou muito eletropositivo, ao reagir com componentes ácidos faço reações de dupla-troca constantemente, e tenho a capacidade de formar muitos ânions! Mais ânions do que cátions. Com certeza me encaixo nas características dos metais, por conseguir conduzir energia facilmente. Ah, e também me encaixo muito na ligação metálica, mar de elétrons. A única diferença é que no meu caso isso é um ciclo, e o átomo inicial e final sou eu. Ah, e também que apesar da ligação metálica, os átomos nem sempre mantem-se "unidos" :P
Acho que se considerarmos tudo isso individualmente... é, sou assim mesmo... QUIMICAMENTE FALANDO!

Tenham todos uns bons dias :)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tempo bom é sinal de tempestade



Lígia e Flávia eram primas, e nada parecidas. Lígia amava seu sarcasmo e menosprezar os outros, sua vida se baseava mais ou menos num regime de escravidão onde ela era a senhora de engenho. Apesar disso, de alguma maneira ela conseguia a maioria das coisas que queria, cativava os outros de um jeito estranho, mas conseguia. Já Flávia não! Por ser o que era às vezes era meio estranha aos olhos dos outros, e chegava até a ser meio polêmica por suas idéias próprias, mas também não deixava de ser querida pelos outros (apesar de não ser como Lígia). O clima estava muito pacífico entre as primas fazia dias! Tudo estava muito bem! Porém, certo dia as primas estavam conversando quando Lígia fez o que fazia de melhor - ironizar. Começou a soltar indiretas e falar coisas irritantes para sua prima e como se não bastasse fez com que outras pessoas tivessem uma imagem ruim dela, a chamando de falsa, sonsa, e outras coisas mais. Flávia tinha o pavio curto e não se conteve, proferiu palavras duras e chegou a bater em sua prima Lígia, a qual continuava a fazer pouco de Flávia. O mais difícil não era suportar as ironias, mas, por saber que não seria possível um diálogo racional, ter que fazer mal a alguém a quem tanto queria. Para Flávia isso era extremamente desagradável. Após o episódio vieram tios, tias, irmãs, irmãos, pais, avós, parentes até de 4º grau para intervir na discussão. Por Flávia ter perdido seu controle, ficou mal vista por todos durante dias e mais dias. Enquanto Lígia, que conseguia manter-se fria (até porque ela não fora a atingida), continuou sendo tratada como de costume: muito bem. Flávia jurou a si mesma que agiria de forma similar a sua prima, mas felizmente se tocou de que usar máscaras para se adequar bem às situações e menosprezando os outros não se tornaria melhor, apenas se nivelaria a alguém que não sabia mais se era a mesma. Foi um dia triste, mas de auto-conhecimento. O que vale mais que muitos regalos, com toda certeza.

Tenham todos uns bons dias (ou pelo menos melhores do que o de Flávia)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mulas-sem-cabeça

Não falo de folclore, falo da realidade. Existem pessoas que são verdadeiras mulas-sem-cabeça. A diferença é que as pessoas têm cabeça, mas fazem questão de não usá-la. Semelhantemente às mulas, tais pessoas soltam fogo. Porém como dragões! E a mais incrível semelhança é que, por serem impulsivos e ignorantes como as mulas, sabem dar coices tão bem quanto elas! Incrível, não? :P

Tenham todos uns bons dias.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Índio viu dualismo


" A política do pão e circo foi criada pelos romanos, e prevê o provimento de comida e diversão em detrimento da liberdade, com o objetivo de diminuir ou acabar com os conflitos." // A população nunca está satisfeita, e dificilmente algum dia estará. O topo da sociedade, os governantes, responsáveis por conseqüências inconseqüentes que a nós atingem, aplicam políticas tão ultrapassadas quanto os problemas sociais que vivemos hoje são atuais. Problemas tais que estão à frente da população, que, de tão cega e iludida não consegue enxergá-los. Panos quentes e promessas encobertas, e assim vamos teoricamente à evolução, afinal, é a nossa meta; e brasileiro não desiste nunca! O que o índio viu? Um sistema com dois pricípios aparentemente opostos que vertem para um mesmo lado: o bolso de quem o rege. É, rapaz. O índio viu dualismo. É o individualismo.

Tenham todos uns bons dias! :)

sábado, 5 de setembro de 2009

Bespectacled Society


Há mais ou menos 1 mês eu descobri que eu devia usar óculos e, como de meu feitio, fiquei super empolgado com isso (estranho, né?). Pois é, sou do tipo que se anima com as coisas mais estranhas que me podem acontecer (aliás, acho que sou o único desse tipo, hehe). Bom, mas com essa novidade comecei a atormentar todo mundo aqui de casa e também a pensar sobre outros significados e analogias que poderia fazer com essa situação que me fora apresentada. E cheguei a uma conclusão: todos precisamos usar óculos. É, todos mesmo! E não falo de óculos para que nossos olhos biológicos vejam coisas com mais clareza, falo de óculos da mente, óculos da consciência, os quais tenho a infelicidade de dizer que por poucos são usados. Pensem comigo, quem nunca se deparou com uma situação que sabia que sua "vista" estava embaçada e não tomou providência? Nem mesmo depois de uma série de ocorrências? Pois é, o primeiro passo para que percebamos o uso necessário de ambos óculos é reconhecer isso. Às vezes não nos tocamos por ignorância e outras por teimosia, mas a questão é que às vezes, quando finalmente fazemos a consulta, vemos que o grau de nossos óculos está maior que a nossa vontade de não ter que usá-los, mas é preciso! Outra coisa que percebi, é que absolutamente ninguém é igual, por mais que nossa visão melhore (em ambos os casos), sempre haverá o nosso "toque pessoal". Na questão de nossos óculos para o bom funcionamento biológico do organismo, escolhemos uma armação que tenha a nossa cara, que nos represente de algum jeito, seja ela grossa ou fina, diferente ou mais comum, colorida ou tradicional, enfim! Tem os mais discretos, os mais espalhafatosos e até aqueles que usam seu grau sem deixar que os outros vejam. E também é importante que levemos isso aos nossos óculos da mente, não vamos ser mecânicos, sejamos nós, porém melhorados! E ainda falando sobre as armações, é sempre bom lembrar que uma armação esplêndida, mas sem grau, é um enfeite, mas uma armação bonita e com o grau que precisamos é o que nos torna melhor perante toda uma sociedade, por isso não devemos sobrepor a nossa personalidade à necessidade de um novo olhar. Bom, essa foi a comparação que minha mente de 15 anos conseguiu fazer! E lembrando que não digo isso porque sou perfeito e já uso meu óculos como deveria. Aliás, talvez eu precise usá-lo até mais que muitos de vocês! Bom, o primeiro passo foi dado! Espero que tenham gostado! Ah, e ponhemos os nossos óculos! 8D



Tenham todos uns bons dias!
"Sociedade de Óculos" - Filipe André

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Espetacular Mente


Minha vida é uma peça cheia de gafes que acabam por torná-la um espetáculo bem-sucedido, recheado de drama e comédia simultaneamente. Vê-se o sucesso nos aplausos dos espectadores, mostrando toda sua euforia, ou fúria, ou mesmo seu desprezo, como apenas mais um daqueles comuns atos que compõem a famosa política da "boa vizinhança", o drama nos rostos do público apreensivo, esperando como se dependessem daquilo como um oxigênio e a comédia nas críticas, as quais provocam-me reações que a outros espetáculos dão incício! Neste jogo de abre e fecha de cortinas, entrando e saindo das coxias e quando enfim no palco nos encontramos podemos improvisar o quanto quisermos, contracenando com exímios atores, nossa e bote exímios nisso! Mas claro, assegurando ao público sempre a qualidade que nos é requerida e que com prazer faço eu questão de correspondê-la. E como diz a música: "O espetáculo não pode parar!" E que venham os próximos atos!

Bom, essa foi minha primeira postagem, espero que tenham gostado! Tenham todos uns bons dias! :)