o poço da solidão é para mim lugar de alegria, conforto e aprendizado. é na solidão, quando não há ninguem por perto, pelo menos não alguém capaz de me ajudar, que eu faço companhia a mim mesmo. é na solidão que converso comigo, que me compreendo, que me analiso, que cego meus olhos biológicos para tudo o que há a minha volta, pois não quero saber o que cerca o meu poço, o quero apenas! é na solidão, onde, de tanto olhar para baixo, consigo achar uma saída para o aprisionamento de mim mesmo, aperfeiçoar-me, e voltar ao convívio e me relacionar com todos, encher minha taça dos vinhos que a mim são generosamente ofertados.
embriago-me, enlouqueço, afasto-me. vou para o meu refúgio: o poço. e como uma serpente, troco minha pele e meus sentidos. e então renova-se o ciclo, e eu também.
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