domingo, 8 de maio de 2011

Todos querem um amor de cinema

Isto é fato! Tudo bem que uns estão mais para American Pie enquanto outros mais para Titanic, mas todos nós, seres humanos, queremos um amor digno das telas hollywoodianas. Queremos uma aventura, que nos faça viver fortes emoções para que no fim do arco-íris o final feliz tenhamos como o pote de ouro. Queremos o drama para termos uma história que emocione para contar e, em contrapartida, queremos uma comédia romântica para nos causar boas risadas de vez em quando e quebrar o gelo. Todo nós, no fundo, queremos uma história de terror, que nos dê medo, nos assuste, nos faça gritar, mas afinal, os protagonistas sempre, talvez não ilesos, mas escapam no final são e salvos. E todos nós queremos que nosso filme seja uma animação, produzido por outros, artificial e sem risco de danos, queremos com urgência a segurança, não física, mas dos sentimentos. E por isso que eu digo que ter um amor de cinema é mais complicado do que se parece: além de precisar atuar o tempo inteiro, é preciso parecer natural, o que é muito complicado, pelo menos para mim, pois amar não é natural, gostar sim. Amar é algo extraordinário que ultrapassa as barreiras de qualquer sentimento. Além disso é preciso seguir o script mais que corretamente preparado, elaborado e dirigido por não somente um diretor, mas os vários diretores que nos cercam na nossa rotina, sentados em suas cadeiras de assento preto com armação de jatobá dando pitacos e nos dizendo qual será o próximo passo. E, por último, um filme hollywoodiano precisa ser vendável, e para ser vendável precisa ter apelo ao público, e o público só assiste o que gosta, ou seja, passa do amor que nós moldamos ao amor que é moldado em função dos outros. Pois é, entre um amor de cinema e um amor secreto, fico com o meu silencioso sentimento, escrito, dirigido, rodado e protagonizado por mim!

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